Maior parte do
Antigo Testamento é formada por livros que os teólogos classificam sob a denominação de
Livros Históricos, pois eles contêm relatos que vão desde a conquista da
Terra Prometida até quase a época do
Novo Testamento, cabendo ressaltar que tais livros não se reduzem apenas a relatos cronísticos de fatos, pois contém uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé, sendo possível dividi-los em quatro grupos:
1.
Obra Histórica Deuteronomista -
Josué,
Juízes,
I Samuel,
II Samuel,
I Reis,
II Reis: contém um relato mais ou menos contínuo, apresentando a história do Povo de Deus desde a conquista da
Terra Prometida até o exílio na
Babilônia. Tais livros enfatizam que a situação vivida depende da atitude que o povo toma na Aliança com Deus, sendo que quando há fidelidade, Deus concede a bênção, mas quando há infidelidade, o povo atrai para si mesmo a maldição.
2.
História do Cronista -
I Crônicas,
II Crônicas, que a
Septuaginta e a
Vulgata chamam de
Paralipômenos, relatam coisas que foram deixadas de lado no relato contido em Reis e Samuel, ou seja são uma espécie de complemento.
Livro de Esdras e
Neemias relatam o tempo do pós-exílio babilônico até meados do séc. III AC. O objetivo principal destes dois últimos livros é fundamentar e organizar a comunidade depois do exílio na
Babilônia.
3.
Rute,
Tobias,
Judite,
Ester. Mais do que história propriamente dita, esses livros são narrativas. Sua intenção é apresentar modelos particulares de vivência e aplicação da fé dentro de situações difíceis, principalmente as enfrentadas pelos judeus fora de sua terra.