Em
Astronomia,
velocidade radial é a
velocidade de um objeto na direção da linha de visada, isto é, a velocidade com que o objeto se aproxima ou se afasta do observador enquanto que a velocidade angular é esse afastamento, medido em graus por um terceiro observador , no caso, transversalmente posicionado. Estudando as ondas de luz, descobriu-se que quando dois pontos luminosos se aproximam ou se afastam um do outro o espectro da luz sofria diferenças, esse efeito foi utilizado para medir a velocidade de afastamento dos objetos celestes. Desse modo, astronomicamente, ficou definido que o afastamento radial é o único imediatamente detectável enquanto que o angular depende da comparação de dois registros fotográficos obtidos em épocas diferentes. Quando a velocidade radial de objeto um objeto celeste luminoso é suficientemente alta pode-se observar a ação do
efeito Doppler sobre a luz. No
efeito Doppler, o
comprimento de onda da luz diminui para objetos que estão se aproximando do observador (
blueshift ou
deslocamento para o azul) e aumenta para objetos que estão se afastando do observador (
redshift ou
deslocamento para o vermelho).
A velocidade radial de uma
estrela (ou de outro objeto celeste luminoso) é praticamente a única detectável em grandes distâncias e pode ser medida através do exame
espectroscópio ou seja da comparação dos
comprimentos de onda observados em seu
espectro com os
comprimentos de onda medidos em laboratório. Quanto maior for a resolução do
espectro, maior será a precisão na medida da velocidade radial. Por convenção, ficou definido que uma
velocidade radial positiva indica que o objeto está se afastando do observador e
negativa quando o objeto está se aproximando.
Em muitas
estrelas binárias, o movimento orbital causa variações detectáveis na velocidade radial de suas componentes, da ordem de vários quilômetros por segundo, contudo , face as imensas distâncias, nunca se percebe o movimento angular. Como os
espectros dessas estrelas variam ao longo do tempo devido ao
efeito Doppler, elas são chamadas de
binárias espectroscópicas. O estudo da velocidade radial pode ser usado para estimar as massas das estrelas, e alguns dos elementos orbitais, tais como a excentricidade e o semi-eixo maior.