O conceito de
valor (do
latim valore) exprime uma relação entre as
necessidades do indivíduo (respirar, comer, viver, posse, reproduzir, prazer, domínio, relacionar, comparar) e a capacidade das coisas e de seus derivados, objetos ou serviços, em as satisfazer. É na apreciação desta relação que se explica a existência de uma
hierarquia de valores, segundo a urgência/prioridade das
necessidades e a
capacidade dos mesmos objetos para as satisfazerem, diferenciadas no espaço e no tempo. Reconhecer um certo aspecto das coisas como um valor consiste em
hierarquizá-las para tê-las em conta na tomada de decisões: ou, por outras palavras, em estar inclinado a usá-lo como um dos elementos a se ter em consideração na escolha e na orientação que damos às decisões sobre nós próprios e aos outros. A abordagem
filosófica descreve-o como nem totalmente
subjetivo, nem totalmente
objetivo, mas como algo determinado pela interação entre o sujeito e o
objeto.
Há os que veem os valores como
subjetivos e consideram esta situação em termos de uma posição pessoal, adotada como uma espécie de escolha (desejo) imune ao argumento racional. Os que concebem os valores como algo
objetivo supõem que, por alguma razão – exigências da racionalidade, da natureza humana, de
Deus, de outra autoridade ou necessidade - a escolha possa ser orientada e corrigida a partir de um
ponto de vista independente. Os valores fornecem o alicerce oculto dos
conhecimentos e das práticas que constantemente construímos nas nossas vidas. Os valores humanos são os fundamentos
éticos e espirituais que constituem a
consciência humana. São os valores que tornam a vida algo digno de ser vivido: eles definem princípios e propósitos valiosos e objetivam fins grandiosos.