No
cristianismo,
translação ou
traslação é a remoção de objetos santos de uma localidade para uma outra, geralmente de maior status; geralmente, apenas a movimentação de restos do corpo de um santo recebem um tratamento mais formal, ao passo que
relíquias secundárias - objetos pessoais e roupas - são tratados com menos cerimônia. Translações podem ser acompanhadas por ritos variados, como
vigílias pela madrugada e
procissões atravessando a comunidade.
A translação solene de relíquias não é considerada como um reconhecimento externo de
santidade; são os
milagres confirmados que nos permitem reconhecê-la. A partir do século XII, a
Santa Sé tentou tonar a santificação um processo "oficial" e muitas coleções de milagres foram escritas na esperança de obter a prova do status de diversos santos. No
início da Idade Média, porém, a translação solene marcava o momento a partir do qual, depois de reconhecidos os milagres, a relíquia era movimentada por ordem de um
bispo ou
abade para uma posição mais proeminente em uma determinada igreja. A
veneração no local passava então permitida. Este processo é conhecido como "canonização local".