O termo
Sui generis, de origem
latina, significa, literalmente, "de seu próprio gênero", ou seja, "único em seu gênero." Usa-se como
adjetivo para indicar que algo é único, peculiar, incomum, descomunal, particular, algo que não tem correspondência igual ou mesmo semelhante: uma atividade
sui generis, uma proposta
sui generis, um comportamento
sui generis.
A expressão começou a ser usada para coisas especiais, singulares, a partir do
século XVIII, principalmente em textos científicos, para qualificar
substâncias, enfermidades e até mesmo rochas que não se enquadravam nos grupos conhecidos ou que pareciam ser os únicos representantes de sua
classe ou
gênero. Pouco a pouco,
sui generis ultrapassou os limites da ciência classificatória e passou a ser usado para qualquer coisa invulgar, fora do comum.
Em certos contextos, esta expressão é usada
eufemisticamente, disfarçando, por meio da pompa e circunstância do
Latim, uma crítica a algo que nos pareceu francamente esquisito; por isso mesmo, temos de tomar cuidado ao usá-la, para não sermos acusados de estar fazendo
ironia. Um comentário do tipo "Aquele professor tem uma maneira
sui generis de expor suas idéias" pode ser lido tanto em direção ao bem, quanto ao mal; é bom esclarecer qual é a nossa intenção. Como todas as expressões latinas, deve vir em destaque na escrita (itálico ou sublinhado).