A
literatura gótica inicia-se no
século XVIII, na
Inglaterra, com a obra
O Castelo de Otranto (1764), de
Horace Walpole. Costuma-se destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura, os cenários
medievais (castelos, igrejas, florestas, ruínas), os personagens
melodramáticos (donzelas, cavaleiros, vilões, os criados), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos escondidos, profecias, maldições).
Outras leituras possíveis da literatura gótica envolvem destacar nos romances o uso da psicologia do
terror (o medo, a loucura, a devassidão sexual, a deformação do corpo), do imaginário
sobrenatural (fantasmas, demônios, espectros, monstros), das reflexões sobre o
Poder (colonialismo, o papel da mulher, sexualidade), da discussão
política (monarquismo, republicanismo, as Revoluções, a industrialização), dos aspectos
religiosos (catolicismo, protestantismo, a Inquisição, as Cruzadas), das concepções
estéticas (neoclassicismo, romantismo, o Sublime) e
filosóficas (a Natureza, Platão, Aristóteles, Rousseau), além de outras possíveis chaves interpretativas.