No
romance filosófico, o
autor trata questões fundamentalmente
filosóficas no
contexto de um
romance. O romance filosófico distingue-se de um
ensaio, de uma
dissertação ou de um
tratado filosófico, uma vez que as problemáticas e reflexões filosóficas abordadas aparecem no contexto de uma história
ficcionada, mais ou menos
realista. Deste modo, o romance filosófico é particularmente adequado para ilustrar a dimensão
humana/
antropológica da problemática filosófica, uma vez que esta fica embebida na vida das personagens do romance. O romance filosófico distingue-se do romance propriamente dito, no sentido em que a história romanceada, o
enredo, compete em importância com o fluir das ideias filosóficas. O conceito de "romance de ideias", está próximo do conceito de "romance filosófico", embora os dois conceitos não sejam exactamente idênticos, no sentido em que um romance de ideias pode estar centrado em "ideias
políticas", por exemplo, enquanto um romance filosófico, sendo ele também um romance de ideias, está centrado em ideias de uma determinada natureza, as ideias filosóficas e, deste modo, o romance filosófico está muito próximo da
Filosofia enquanto
disciplina e área do
conhecimento.
O romance filosófico exige um autor igualmente versado na arte da escrita do romance e no domínio das problemáticas filosóficas. Também pede um
leitor com esses dois centros de interesses, ou pode ser um meio eficaz de despertar o interesse pela Filosofia numa pessoa já motivada para a leitura do romance.