Os
roedores (do
latim científico Rodentia) constituem a mais numerosa
ordem de
mamíferos com
placenta contendo mais de 2000 espécies, o que corresponde a cerca de 40% das espécies da classe dos
mamíferos. A maior parte são de pequenas proporções, o camundongo-pigmeu
Africano tem 6 cm de comprimento e pesa 7 g. Por outro lado, o maior deles, a
capivara, pode pesar até 80 kg. Acredita-se que o extinto
Phoberomys pattersoni teria pesado 700 kg. Roedores são encontrados em grande número em todos os continentes, exceto a
Antártida, na maioria das ilhas e em todos os
habitats, com exceção dos oceanos. Juntamente com os
morcegos (
Chiroptera), foram os únicos mamíferos placentários a colonizar a
Austrália independentemente da introdução humana.
Ecologicamente são muito diversos. Algumas espécies passam a vida inteira no
dossel florestal , outras raramente deixam o chão. Algumas espécies apresentam um hábito marcadamente aquático, enquanto outras são altamente especializadas para o ambiente
desértico. Muitas são em certa medida
onívoras, assim como outras têm uma
dieta bem específica, comendo, por exemplo, algumas espécies de
fungos ou
invertebrados.
No entanto, todos compartilham uma característica: uma
dentição altamente especializada para roer. Todos os roedores possuem um par de
incisivos na arcada dentária superior e inferior seguidos por um espaço, o diastema, e por um ou mais molares e pré-molares. Nenhum roedor possui mais de quatro incisivos e nenhum roedor possui caninos. Seus incisivos não têm raiz e crescem continuamente. As superfícies anterior e laterais são cobertas de esmalte, enquanto a posterior tem a dentina exposta. No ato de roer, os incisivos se atritam, desgastando a dentina, o que mantém os dentes bastante afiados. Esse sistema de "afiamento" é muito eficiente e é uma das chaves do enorme sucesso dos roedores.