Psiquiatria é uma especialidade da
Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam elas de cunho orgânico ou funcional, com manifestações psicológicas severas. São exemplos: a
depressão, o
transtorno bipolar, a
esquizofrenia, a
demência e os
transtornos de ansiedade. Os médicos especializados em psiquiatria são em geral designados por
psiquiatras (até meados do
século XX foi também comum a designação
alienistas). A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do paciente, com perspectivas biológica, psicológica e de ordem cultural, entre outras afins. Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado com medicamentos ou terapêuticas diversas, como a
psicoterapia, prática de maior tradição no tratamento.
A avaliação psiquiátrica envolve o
exame do estado mental e a história clínica. Testes psicológicos, neurológicos, neuropsicológicos e exames de imagem podem ser utilizados como auxiliares na avaliação, assim como exames físicos e laboratoriais. Os procedimentos diagnósticos são norteados a partir do campo das
psicopatologias; critérios bastante usados hoje em dia, principalmente na saúde pública, são a
CID-10 da
Organização Mundial de Saúde, adotada no Brasil, e o
DSM-IV da
American Psychiatric Association.
Os
medicamentos psiquiátricos são parte importante do arsenal terapêutico, o que é único na Psiquiatria, assim como procedimentos mais raramente utilizados, muito já criticados na história do movimento psiquiátrico, como a
eletroconvulsoterapia. A
psicoterapia também faz parte do arsenal terapêutico do psiquiatra, embora também possa ser utilizada por outros profissionais de saúde mental: Psicólogos e Psicanalistas. No entanto, a ferramenta da psicoterapia é sempre útil para as entrevistas diagnósticas e orientações; para praticá-la o psiquiatra deve fazer a formação complementar. Os serviços psiquiátricos podem fornecer atendimento de forma ambulatorial ou em internamento. Em casos de sofrimento grave do paciente e risco para si e para os outros que o cercam, a indicação de internação pode até ocorrer de forma involuntária. Tanto a clínica quanto a pesquisa em psiquiatria são realizadas de forma interdisciplinar.