O
Processo dos Távoras refere-se a um escândalo político português do
século XVIII. Os acontecimentos foram desencadeados pela tentativa, pensa-se sem se ter certeza, de assassinato do Rei
D. José I em
1758, e culminaram numa execução pública em
Belém. Foram espancados e depois queimados
Dom Francisco de Távora e seus dois filhos, José Maria e Luís Bernardo. Brás Romeiro, grande amigo de Luís Bernardo também não escapou. Também foram logo presos o
Duque de Aveiro, um dos seus criados e um irmão desse criado, e a Marquesa de Távora,
D. Leonor, que foi decapitada.
O resto da
família Távora, Aveiro, Alorna e Atouguia, entre eles o bispo de Coimbra D.
Miguel da Anunciação, foram presos sendo mais tarde mandados libertar por
D. Maria I, que nunca viu este processo com bom olhos, acreditando na inocência dos Távoras e restantes acusados, em prol de benefícios obscuros.
Um dos criados do Duque de Aveiro desapareceu depois da guarda ter ido à
residência do Duque de Aveiro: diz-se que se desfigurou com
óleo de vitríolo e que se tornou mendicante. Foram dadas ordens de captura por toda a Europa, nunca se chegando a encontrar este homem.