Na
filosofia da ciência,
problema da demarcação (ou, mais raramente ou
problema de fronteira ou
problema de contorno) refere-se à grande dificuldade outrora existente na distinção entre
teorias científicas e teorias não-científicas, à dificuldade em definir as linhas em torno do que seja
ciência. Refere-se à natureza e propriedades das fronteiras que promovem a distinção entre ciência e não-ciência, entre ciência e
pseudociência, entre ciência e
filosofia, entre
ciência e religião. Uma forma desse problema, conhecido como
o problema generalizado de demarcação engloba todos os três casos simultaneamente.
Depois de mais de um século de diálogo entre filósofos da ciência e
cientistas em variados campos, e apesar de um amplo acordo sobre os princípios do
método científico, que, se tomado à risca, define precisamente o que vem ou não a ser ciência (teoria científica), as fronteiras limítrofes entre a ciência e a não-ciência continuam a ser debatidas.
A demarcação entre ciência e pseudociência não é um mero problema de debates intelectuais infrutíferos, é de importância social e política.