A palavra
ariano, ao referir-se a um
grupo étnico, tem vários significados. Refere-se, mais especificamente, ao subgrupo dos
indo-europeus, que se estabeleceu no
planalto iraniano desde o final do terceiro milénio a.C. Por extensão, a designação "arianos" (não o termo "árias") passou a referir-se a vários povos originários das estepes da
Ásia Central - os Indo-europeus - que se espalharam pela
Europa e pelas regiões já referidas, a partir do final do
neolítico. O nome
ariano vem do sânscrito
arya, que significa nobre.
Até recentemente, acreditava-se que os arianos teriam invadido o
subcontinente indiano por volta de , vindo do norte, pelo
Punjabe, disseminando-se pela
Índia,
Pérsia e regiões adjacentes. Teriam sido os descendentes dos indo-europeus que fundaram a civilização indiana, subjugando as populações locais, dando origem ao
sistema de castas e, mais especificamente, às castas dominantes dos
Brâmanes,
xátrias e
vaixás. A sua cultura teria ficado particularmente expressa nos
Vedas e, principalmente, no
Rig Veda, considerado como o mais antigo. No entanto, a hipótese da invasão ariana na Índia tem sido questionada desde o final do século XIX, por causa de novas descobertas arqueológicas e geológicas e pela proposta de novas interpretações das evidências conhecidas anteriormente.
O termo "ariano" refere-se, também, na história das
línguas, ao proto-ariano, que teria sido o ramo linguístico comum aos antepassados dos povos
indo-áricos e
iranianos e aos dois grandes subramos linguísticos a que terá dado origem, ou seja, às
línguas indo-áricas e às
línguas iranianas. Estes dois sub-ramos são árico ou indo-iraniano. Pode ainda referir-se, especificamente, aos grupos linguísticos actualmente conhecidos como
proto-indo-europeu,
proto-indo-iraniano e
indo-iraniano. Em tempos, também se utilizou o termo para designar todas as
línguas indo-europeias.