Possessão ou
possessão demoníaca é, de acordo com muitos
sistemas de crença, o
controle de um indivíduo por um
ser maligno sobrenatural. Descrições de possessões demoníacas muitas vezes incluem memórias ou personalidades apagadas,
convulsões e
desmaios como se a pessoa estivesse morrendo. Outras descrições incluem o acesso ao conhecimento oculto (
gnosis) e línguas estrangeiras (
glossolalia), mudanças drásticas na entonação vocal e estrutura facial, o súbito aparecimento de lesões (arranhões, marcas de mordida) ou lesões e força sobre-humana. Ao contrário da canalização
mediúnica ou outras formas de possessão, o indivíduo não tem controle sobre a suposta entidade que o possui e por isso permanece nesse estado até que a entidade seja forçada a deixar a vítima, normalmente através de um
exorcismo.
Muitas culturas e religiões contêm algum conceito de possessão demoníaca, mas os detalhes variam consideravelmente. As mais antigas referências à possessão demoníaca vêm dos
sumérios, que acreditavam que todas as doenças do corpo e da mente eram causadas por "demônios de doenças" chamados
gidim ou
gid-dim. Os
sacerdotes que praticavam exorcismos nessas
nações eram chamados de
ashipu (feiticeiro) em oposição a um
asu (médico), que aplicava bandagens e pomadas. Muitas tábuas
cuneiformes contêm orações para certos deuses pedindo proteção contra os demônios, enquanto outras pedem aos deuses para expulsar os demônios que invadiram seus corpos.
Culturas
xamânicas também acreditam em possessões demoníacas e os
xamãs realizam os exorcismos. Nessas culturas, as doenças são muitas vezes atribuídas à presença de um espírito vingativo (ou raramente chamado de
demônio) no corpo do paciente. Estes espíritos eram mais frequentemente descritos como
espectros de animais ou pessoas injustiçadas pelo portador, os ritos de exorcismo geralmente eram compostos de ofertas respeitosas ou ofertas de
sacrifício.