A
poluição atmosférica refere-se a mudanças da
atmosfera susceptíveis de causar impacto a nível
ambiental ou de
saúde humana, através da
contaminação por
gases,
partículas sólidas, líquidos em suspensão, material
biológico ou
energia. A adição dos contaminantes pode provocar danos diretamente na
saúde humana ou no
ecossistema, podendo estes danos serem causados diretamente pelos contaminantes, ou por elementos resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a
saúde, pode igualmente reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis. Esta poluição causa ainda mais impactos no campo ambiental, tendo ação direta no
aquecimento global, sendo responsável pela degradação de ecossistemas e potenciadora de
chuvas ácidas.
A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que estes são dispersos na
atmosfera, o que depende de factores climatológicos, como a
temperatura, a velocidade do vento, o movimento de sistemas de alta e baixa pressão e a interação destes com a
topografia local, montanhas e vales por exemplo. A temperatura normalmente diminui com a
altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma camada de ar quente produzindo uma
inversão térmica, a dispersão ocorre muito lentamente e os contaminantes acumulam-se perto do solo. Para analisar a dispersão, recorre-se a
modelos de dispersão atmosférica, que são modelos computorizados onde através de formas matemáticas complexas são simulados os comportamentos físico e químicos dos contaminantes, podendo caracterizar ou prever a acção dos mesmos no meio envolvente.
Ao longo dos tempos, a comunidade política e civil foi sendo alertada para os efeitos adversos, tendo sido assinados vários protocolos internacionais no sentido de mitigar ou resolver alguns dos problemas existentes, como o caso do
protocolo de Montreal, que aboliu o uso dos
CFCs, sendo considerado um dos protocolos de maior sucesso, ou ainda mais recente, o
protocolo de Quioto.