Pendículo ou
pendente em
arquitetura é um elemento estrutural e construtivo que permite o suporte da base circular de uma
cúpula sobre um espaço quadrangular ou poligonal. Trata-se segmentos triangulares curvilíneos formados dos intervalos entre os
arcos e constituem a base sobre a qual era colocado o
tambor. Este é também utilizado como método estrutural que permite a conversão de uma cúpula
elíptica sobre uma planta
rectangular. Os pendentes são
triângulos esféricos que apresenta uma superfície delimitada por três arcos de circunferência. A sua construção geométrica é obtida pela secção de um hemisfério com o
prisma recto cujo traço define um
polígono regular inscrito na base da respectiva semiesfera, das resultantes
nervuras das
abóbadas que são definidas pela base da
calota esférica tangente aos arcos do perímetro. Estes elementos definem-se por secções triangulares ou trapezoidais do abobadado que provê a transição entre o
domo e a base quadrada onde a abóbada se apoia, transferindo o peso. Antes da adopção dos pendículos, a utilização de
mísulas ou de
trompas nos cantos de um compartimento era frequente. Os pendentes foram empregues principalmente na Arquitetura do
renascimento e
barroco, com um tambor com
janelas muitas normalmente inseridas entre os pendentes e a cúpula. A primeira experiência com a utilização de pendentes foi realizada em construções de cúpulas romanas no início dos séculos II e III. A seu resultado final foi alcançado no século VI, no
Império Bizantino com a construção da
Basílica de Santa Sofia em
Constantinopla. O diâmetro da sua cúpula permaneceu insuperável até ao surgimento da
Catedral de Florença consagrada em 1436, a qual não se utiliza de pendentes.