Um
cálculo renal ou
urolitíase, popularmente denominado
pedra no rim, é uma massa ou agregado cristalino sólido que se forma nos
rins a partir de
sais minerais presentes na
urina. Os cálculos do sistema urinário (
urolitíases) são geralmente classificados em função da sua localização nos rins (nefrolitíase),
ureter (ureterolitíase),
uretra (uretrolitíase) ou
bexiga (cistolitíase), ou em função da sua
composição química (constituídos por
cálcio, estruvite,
ácido úrico ou outros minerais). Cerca de 80% dos cálculos renais ocorrem em homens.
Os cálculos renais são geralmente expelidos do corpo através da corrente urinária. A maior parte dos cálculos forma-se e deixa o corpo sem manifestar quaisquer sintomas. No entanto, quando um cálculo atinge uma dimensão considerável, geralmente superior a , pode provocar obstrução da uretra, que pode ser parcial ou total. Esta obstrução causa
azotemia pós-renal,
hidronefrose (distensão e dilatação da
pelve e dos
cálices renais e
espasmo da uretra). Estes factores provocam
dores, sentidas de forma mais intensa na região lombar entre as
costelas e a
anca, na parte inferior do
abdómen ou na
virilha – uma condição denominada
cólica renal. As cólicas renais podem estar associadas a
náuseas,
vômitos,
febre (raro),
sangue ou
pus na urina ou ainda
dor ao urinar. As cólicas renais geralmente manifestam-se em episódios com duração de 20 a 60 minutos, começando na parte lateral da região lombar ou na parte inferior das costas, e muitas vezes alargando-se para a virilha ou para os órgãos genitais. O
diagnóstico de um cálculo renal é realizado mediante a informação obtida a partir do historial clínico, de
exames físicos, de
análises à urina, exames de imagem (
radiografia,
ecografia,
tomografia), podendo ainda ser complementado por
análises de sangueQuando um cálculo não provoca sintomas, uma das opções é aguardar de forma vigilante. Em caso de cálculos com sintomas, os
analgésicos são geralmente a primeira medida de tratamento, recorrendo-se a
anti-inflamatórios não esteroides ou
opiáceos. Os casos mais graves podem necessitar de intervenção cirúrgica. É possível dividir um cálculo em vários fragmentos de forma não invasiva através de
litotripsia. Noutros casos, podem ser necessárias de técnicas mais invasivas, entre as quais técnicas percutâneas ou de
cistoscopia. Por vezes, pode ser necessário aplicar na uretra um
cateter para contornar a obstrução e aliviar os sintomas.