O
orgasmo é a conclusão do ciclo de resposta sexual que corresponde ao momento de maior
prazer sexual. Pode ser experimentado por ambos os
sexos, dura apenas poucos
segundos e é sentido durante o
ato sexual ou a
masturbação. O orgasmo pode ser detectado com a
ejaculação na maioria das
espécies de
mamíferos masculinos. Por outro lado, na espécie humana, o orgasmo masculino, por exemplo, nem sempre está acompanhado de ejaculação, podendo ocorrer o orgasmo sem ejaculação, como podemos observar nos cânones taoistas na
China (In Chang, 1979).
O orgasmo é uma das fases da resposta sexual, como descrita por Masters e Johnson. Caracteriza-se por intenso prazer físico mediado pelo
sistema nervoso autônomo, acompanhado por ciclos de rápidas contrações musculares nos músculos pélvicos, que rodeiam os
órgãos sexuais e o
ânus, sendo frequentemente associados a outras acções involuntárias, como
espasmos musculares em outras partes do corpo e uma sensação geral de euforia. Sua ausência é denominada
anorgasmia. Além desta definição, temos o orgasmo como um potente estado alterado de consciência e ainda temos o para-orgasmo como sendo "o estado existencial de autorealização e prazer de viver intraduzível em palavras e geralmente vivenciado a partir de curtos momentos, ou momentos de pico".
No sentido estrito, apresenta-se como um pico rápido de excitação seguido ou não de ejaculação e com rápida queda na sensação de prazer. Uma vez que os órgãos sexuais têm a mesma origem embriológica em ambos os sexos, a sensação é equivalente para homens e mulheres, podendo haver um período refratário à estimulação direta após o orgasmo. Nas mulheres, as contrações musculares causam expulsão de
líquido através da
vagina, caracterizando a
ejaculação feminina. É um período de grande relaxamento e queda da pressão arterial, devido à liberação da
prolactina. Há também redução temporária das atividades do
córtex cerebral. No sentido amplo, o orgasmo, pelo menos na espécie humana, traduz a capacidade de amar, de entrega ao amor e ao prazer, sendo uma atitude de cunho não neurótico que, temporariamente, anula os sintomas básicos da neurose a partir da liberação da energia ou orgônio sexual ou libido (Reich, W. A Função do Orgasmo).