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Nobreza do Império do Brasil
A Nobreza brasileira compreendia a família imperial, os detentores dos títulos nobiliárquicos agraciados durante o Império do Brasil (1822-1889) e os detentores de títulos nobiliárquicos portugueses que residiam no Brasil quando da independência (1822) e que tiveram a intenção de continuar a residir em território brasileiro após a independência.

Quase todos os agraciados com títulos nobiliárquicos da nobreza do Império do Brasil têm origem portuguesa. Tendo a nobreza brasileira, geralmente, ascendência na fidalguia e na baixa e, por vezes, média nobreza portuguesa. A nobreza do Império do Brasil, no entanto, não tinha nenhum privilégio jurídico específico ou estatuto próprio, diferentemente da nobreza portuguesa e da nobreza de outros países da Europa, que gozam ou gozavam juridicamente de privilégios, imunidades e isenções, tendo inclusive um estatuto próprio para os nobres. Especificamente, na nobreza do Império do Brasil não haviam nobres não titulados, diferentemente de alguns países europeus, que têm famílias nobres não tituladas. Portanto, a diferença, no Império do Brasil, entre uma pessoa que tinha um título nobiliárquico, ou descendia de alguém que tivesse um título nobiliárquico, e de outra que não tinha, e não descendia de alguém que tivesse algum título nobiliárquico, era somente o status e distinção de nobreza. Alguns destes descendiam da nobreza, especialmente da baixa e média nobreza; outros eram descendentes imediatos de nobres titulados, e outros não descendiam de nobres, mas descendiam de líderes políticos, de outras pessoas com cargos importantes e/ou de grandes proprietários rurais, cuja família tinha tradição em determinado local ou região, ou mesmo tinha tradição e importância nacional, como o eram as famílias que ocupavam altos cargos do Império, e que normalmente residiam entre a Corte (a cidade do Rio de Janeiro) e Petrópolis (nos meses de verão). Haviam também alguns nobres estrangeiros, bem como alguns nobres portugueses, que já viviam no Brasil quando da independência, ou se mudaram e passaram a viver no Império do Brasil.

Há de se observar que os nobres nascidos ou radicados no Brasil até a independência (1822) eram nobres portugueses, pois detinham títulos nobiliárquicos portugueses, haja vista que o Brasil era uma colônia do Império Português (ver Brasil Colônia (1530-1815), e portanto, como todas as outras colônias do Império Português, o seu soberano era o Rei de Portugal. Desde o descobrimento do Brasil em 1500 pelos portugueses, com a sua colonização ao longo dos séculos sendo majoritariamente portuguesa e africana (ver escravidão no Brasil), além dos índios, que já habitavam o território brasileiro antes do descobrimento pelos europeus; foi se criando a identidade e nação brasileira, com alguma imigração de outros povos até então, mas pouca se comparado ao período imperial brasileiro (1822-1889). Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), no contexto das Guerras Napoleônicas (1803-1815), o Brasil seria elevado a condição de reino unido com Portugal - sua metrópole até então -, em 1815, pelo então Príncipe RegenteD. João Maria de Bragança (futuro Rei D. João VI), que era regente em nome de sua mãe, a Rainha Dona Maria I. Pela primeira e única vez na história uma colônia passava a sediar uma corte europeia. E o local escolhido foi a capital do então Estado do Brasil (1549-1815), a cidade do Rio de Janeiro.


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