Mudança estrutural de uma
economia refere-se a uma mudança fundamental e de longo prazo na sua estrutura, ao contrário das medidas pontuais ou de curto prazo, que tipicamente visam melhorias conjunturais na produção ou no emprego. Por exemplo, a transformação de uma
economia de subsistência numa economia industrializada, ou de uma economia mista regulada numa economia liberalizada. Uma mudança estrutural atualmente em curso na economia mundial é a
globalização.
Fisher (1939) e Clark (1940) pesquisaram padrões no emprego em vários setores da economia. Argumentaram que os padrões de produção são função dos níveis de rendimento, e que as variações de recursos e produção são uma parte integrante do desenvolvimento. O maior determinante destas variações é a
elasticidade da procura face ao rendimento. Os bens e os setores com uma elevada elasticidade da procura face ao rendimento terão um maior peso quando o rendimento aumenta. Os países começam por ter um
setor primário dominante na sua economia, depois um
setor secundário dominante, e finalmente essa prevalência passará para o
setor terciário.
A mudança estrutural pode ser iniciada por decisão política ou por alterações permanentes nos recursos disponíveis, população ou na sociedade. A
queda do comunismo, por exemplo, foi uma mudança política que teve grandes repercussões nas economias dependentes da União Soviética. A mudança estrutural implica a obsolescência de competências, vocações e alterações permanentes no consumo e produção resultando em
desemprego estrutural.