Moksha (
sânscrito: मोक्ष, liberação) ou
Mukti (sânscrito: मुक्ति, soltura) refere-se, em termos gerais, à libertação do
ciclo do renascimento e da morte e à
iluminação espiritual. Na mais alta
filosofia hindu, é visto como a transcendência do fenômeno de existir, de qualquer senso de consciência do tempo, espaço e causa (
carma). Significa a dissolução do senso do ser individual, ou
ego, e a avaria total do
nama-roopa (nome-forma). No
hinduísmo, é visto como uma analogia ao
nirvana, embora o
budismo tenda a diferir uniformemente da leitura da libertação do Vedantismo Advaita. O
jainismo também tem, como meta, o
Moksha.
Os principais sistemas filosóficos do hinduísmo consideram que uma entidade viva, especialmente aquela que estiver utilizando um corpo humano, deve ter por objetivo alcançar três metas na vida:
kama ou desfrute material dos sentidos;
artha ou desenvolvimento econômico e
dharma ou religiosidade mundana; ou
tri-varga: धर्म =
dharma, अर्थ =
artha, कर्म =
kama.
Kama é o desejo mais ardente, pois como desfrute material entende-se as atividades sexuais, tão bem codificadas no clássico
Kama-sutra, além do desfrute do paladar (toda cultura tem seus requintes gastronômicos), do sentido da visão (paisagens), da audição (música, narrativas agradáveis) e do tato (o sentido empregado no sexo é principalmente a sensibilidade táctil).