No
século XIII, "iluminura" referia-se sobretudo ao uso de douração. Portanto, um
manuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado com
ouro (ou
prata). Supõe-se que o termo 'iluminura' seja derivado de 'iluminar' (do verbo
latino illuminare), por alusão às cores luminosas e vibrantes dos elementos decorativos, que se destacavam na página escrita. É possível também que a palavra derive de
alume, especificamente em alusão ao alume de potássio (
sulfato duplo de
alumínio e potássio dodecaidratado, chamado de "lume" no
Medievo), que era misturado a
corantes vegetais, obtendo-se, assim a
laca aluminada, frequentemente usada nas iluminuras.
A palavra 'iluminura' é frequentemente associada a
miniatura, termo italiano derivado do
latino miniare, que significa pintar com
mínio, um pigmento de cor vermelha (podendo corresponder ao
cinábrio, isto é, ao
sulfeto natural de mercúrio ou, segundo outras fontes, ao
óxido de chumbo). Uma miniatura designa, em sentido amplo, a representação de uma cena ou de um personagem em um espaço independente da letra inicial (capitular) do manuscrito . O termo sofreu influência
semântica da noção de 'pequena dimensão', expressa em latim por
minor, óris, minus ("menor") e
minìmum,i ("pequena quantidade"). A arte dos povos
bárbaros, que conquistaram o
Ocidente e se converteram ao
cristianismo, era portátil, baseada em objetos pequenos. Assim, segundo
Houaiss, o termo se difundiu através do
francês e do
inglês, no
século XVI, com predominância do significado "representação em pequenas dimensões".