O conhecimento parte da experiência, contudo de sua interpretação dada pelo
pensamento. As
ideias são as formas essenciais das
coisas. Representam o núcleo essencial e racional da coisa, núcleo que as propriedades empíricas encobrem como um
véu. Partindo deste princípio
metafísico, Aristóteles procura resolver o problema do conhecimento. Por meio dos sentidos, obtemos
imagens sensíveis onde encontra-se incluída a essência geral, a ideia da coisa; só é preciso extraí-la. Isto tem lugar por obra de uma
faculdade especial da
razão humana, entendimento real ou ativo. Aristóteles diz dele que trabalha como
luz: ilumina, torna de certo modo que transparentes as imagens sensíveis, de modo que ilumina no fundo delas a essência geral, a ideia da coisa. Está é recebida logo pelo entendimento virtual ou passivo, e assim se realiza o conhecimento.
Santo Tomás desenvolve-a com ligeira diferença. Segundo ele,
cognitio intellectus nostri tota derivatur a sensu. Começamos recebendo das coisas concretas sensíveis (
species sensibiles). O
intellectus agens extrai delas as imagens essenciais gerais, as
species intelligibiles. O
intellectus possibilis recebe em si estas e julga assim sobre a coisa. Dos conceitos essenciais assim formados, obtém-se logo, por meio de outras operações do pensamento, os conceitos supremos e mais gerais, como os que estão contidos nas leis
lógicas do pensamento.