Os
Inglingos,
Ynglings ou
Ynglingos - em sueco
Ynglingaätten - foram uma dinastia lendária de reis escandinavos, presumivelmente do séc. I ao séc. IV, que reinou em parte da atual
Suécia, com sede em
Uppsala . Mais tarde, membros da dinastia teriam passado à
Noruega.
A dinastia é conhecida através de antigos
poemas,
sagas e
crónicas medievais escandinavas.
Os reis mais antigos são certamente de caráter lendário, com as fontes assumindo sua ascendência entre os deuses do
panteão nórdico. Os reis mais recentes, porém, são mais "históricos" e aparecem referenciados em mais obras.
A fonte mais antiga sobre os Inglingos é a
Ynglingatal (
Enumeração dos reis Yngling), um poema de finais do século IX escrito pelo
escaldo (poeta)
Thjodolf de Hvinir que descreve a linhagem da dinastia dos reis noruegueses desde seus ancestrais divinos até o relativamente obscuro rei Ragnvaldo Olafsson, primo do
rei norueguês Haroldo Cabelo Belo (c. 850 – c. 933). A
Ynglingatal, escrita na Noruega, conecta a dinastia real norueguesa não só aos deuses como também aos célebres Yngling suecos de
Uppsala, tendo assim uma função propagandística.
Ynglingatal foi usada como modelo para o poema
Háleygjatal, que comemora os ancestrais dos
jarls de Lade desde
Odin até
Haquino Sigurdsson (m. 995), com fins propagandísticos similares.
A
Ynglingatal foi utilizada como fonte pelo escritor
islandês Snorri Sturluson para a sua
Saga dos Inglingos, redatada como seção introdutória da crónica
Heimskringla (
História dos reis da Noruega) no início do século XIII. A obra de Snorri descreve os Inglingos como sendo descendentes dos deuses nórdicos. De acordo com Snorri, os suecos foram inicialmente governados por
Odin, seguido de
Njord e finalmente
Frey (ou
Yngvi-Frey), o primeiro rei Ynglingo, que fez de
Uppsala sua capital. Seu filho, Fjolnir, é o primeiro rei que aparece no
Ynglingatal, e a partir deste ponto a obra de Snorri segue fielmente a
Ynglingatal.