Pontos quentes (do
inglês hotspot), pontos de anomalia termal no interior da Terra, ligados a sistemas de convecção do manto e responsáveis pelo vulcanismo que ocorre no interior de placas tectónicas. Considera-se que a irregularidade térmica é devido à elevação de convecção pós-térmica do
manto superior, denominado pluma fria. Em regiões oceânicas, encontram-se
vulcanismos basálticos de composição álcali-olivina basáltica e
toleítica. Em regiões continentais, observam-se vulcanismos de
basalto toleítico, álcali-olivina basáltivo, fonolítico e carbonatítico. Observa-se um
rastro que assinala o movimento da
placa tectónica sobre o ponto quente.
A teoria dos pontos quentes foi postulada pelo geofísico canadiano
J. Tuzo Wilson em
1963 para explicar a existência de celas de vulcões formando linhas coincidentes com a direção geral de movimento das placas sobre as quais assentam, e teve como modelo o arquipélago do
Havaí. Nestas áreas, os vulcões parecem indiciar a passagem da
crosta terrestre sobre uma
pluma de material magmático, essencialmente
fixa no
manto terrestre, que ao ascender à superfície origina sucessivos edifícios vulcânicos.
A origem das plumas mânticas foi durante muito tempo atribuída à formação de uma estrita coluna ascendente de material mais quente desde a zona de fronteira entre o manto e o
núcleo terrestre que ascenderia até à superfície. Dados recentes colocam em causa a existência destas estruturas profundas, apontando como origem das plumas a formação de zonas estáveis de convecção térmica nas camadas mais externas do manto terrestre.