O
homem de Neandertal (
Homo neanderthalensis) é uma espécie extinta,
fóssil, do gênero
Homo que habitou a
Europa e partes do oeste da
Ásia, desde cerca de 350 000 anos atrás até aproximadamente 29 000 anos atrás (
Paleolítico Médio e
Paleolítico Inferior, no
Pleistoceno), tendo coexistido com os
Homo sapiens. Alguns autores, no entanto, consideram os homens-de-neandertal e os
humanos subespécies do
Homo sapiens (nesse caso,
Homo sapiens neanderthalensis e
Homo sapiens sapiens, respectivamente). Neandertais compartilham 99,7 por cento de seu
DNA com os humanos modernos, mas apresentam diferenças morfológicas muito específicas.
Esteve na origem de uma rica cultura material designada como
cultura musteriense, além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas das preocupações
estéticas e espirituais do homem moderno, como se poderá entender a partir das características das suas
sepulturas. Depois de um difícil reconhecimento por parte dos académicos, o homem de Neandertal tem sido descrito no imaginário popular de forma negativa em comparação com o
Homo sapiens, sendo apresentado como um ser simiesco, grosseiro e pouco inteligente. Era, de facto, de uma maior robustez física e o seu
cérebro era, em média, ligeiramente mais volumoso. Progressos relativos da
arqueologia pré-histórica e da
paleoantropologia, depois da
década de 1960, têm revelado um ser de uma grande riqueza
cultural, ainda que seja, provavelmente, sobrestimada por alguns autores. Muitas questões, contudo, permanecem sem resposta, principalmente as relacionadas com a sua
extinção.