Girondinos ou
girondinismo era a denominação de um grupo
político moderado, chefiado por Jacques-Pierre Brissott (
1754-
1793) durante a
Revolução Francesa. Compreendia junto com os
jacobinos (
jacobinismo, liderados por
Robespièrre) e
cordeliers (por
Danton) o
Terceiro Estado, e ocupavam o lado direito da Assembléia, ficando no centro, o Clero (Primeiro Estado) e Aristocracia (Segundo Estado). Defendiam uma Monarquia Constitucional e se enfraqueceram politicamente com a tentativa de fuga de Luis XVI. A conotação política dos termos
Esquerda e
Direita provém desta divisão inicial da Assembléia Nacional. Os
Girondinos tinham em seus quadros representantes da alta burguesia.
Após a formação da república, a Assembléia se dividiu entre
Montagnards (montanheses) e constituíam "La Montagne" (
Montanha), assim chamada porque ocupavam as altas do plenário enquanto que os
girondinos e outros grupos por ocuparem as partes baixas eram chamados de "peuple de marais" (povo dos pântanos), ou "peuple de
La Plaine" (povo da planície).
Em um clima dominado pela guerra civil, Robespièrre com a ajuda da
La Montagne, e apoio dos
Sans-culottes (proletários parisienses) instituiu o regime do
Terror, período caracterizado por processos sumários de condenação à morte na guilhotina, envolvendo na maioria das vezes personalidades políticas opostas aos Jacobinos, que culminou na eliminação dos líderes
girondinos em outubro de 1793.