Após as
invasões bárbaras do início do século V, a cultura galo-romana persistiria particularmente nas áreas da
Gália Narbonense que se desenvolveram na
Occitânia,
Gália Cisalpina e, em um grau menor,
Aquitânia. O antigo norte da Gália romanizado, uma vez ocupado pelos
Francos, evoluiria para a
cultura merovíngia em vez da cultura galo-romana. A vida romana, centrada em eventos públicos e na responsabilidade cultural da vida urbana na
res publica e na (às vezes) luxuosa vida do sistema de
vilas rural auto-suficiente, demorou bastante tempo para deixar de existir nas regiões galo-romanas, onde os
Visigodos herdaram o
status quo no início do século V. A linguagem galo-romana perdurou no nordeste na Silva Carbonaria, que formava uma barreira cultural efetiva com os francos ao norte e a leste, e a noroeste no baixo
vale do Loire, onde a cultura galo-romana entrava em contato com a cultura franca em cidades como
Tours e na pessoa daquele
bispo galo-romano que se confrontava com os reis merovíngios,
Gregório de Tours.