A expressão
figura da Terra tem variados sentidos em
geodesia de acordo com o sentido em que for usado e com a precisão com que o tamanho e forma da terra devem ser definidos. A superfície topográfica atual é mais aparente com a sua variedade de formas de terra e áreas de água. Isto é, de facto, a
superfície sobre a qual são efetuadas as medições da
Terra. Não é prático, de facto, para cálculos
matemáticos exatos, pois as fórmulas que seriam necessárias para tomar em conta todas as irregularidades teriam tantas variáveis que necessitariam de uma quantidade proibitiva de cálculos. A superfície topográfica é geralmente um assunto de
topógrafos e
hidrógrafos.
O conceito
pitagórico de uma
Terra esférica oferece uma superfície simples matematicamente fácil de lidar. Muitos cálculos astronómicos e de navegação usam esta superfície para representar a
Terra. Enquanto que a
esfera é uma aproximação próxima da verdadeira figura da
Terra e satisfatória para muitas funções, para o geodesista interessado na medição de grandes distâncias — abrangendo continentes e oceanos — é necessária uma figura mais exata. Aproximações mais precisas vão desde a modelação da forma de toda a
Terra como um esferoide achatado ou um elipsoide achatado, até ao uso de harmónicos esféricas ou aproximações locais em termos de
elipsoides de referências locais. A ideia de uma superfície planar ou chata para a
Terra, mais do que a curvatura, é ainda aceitável para levantamentos de pequenas áreas como
topografia local. Levantamentos de tabelas de planos são feitos para áreas relativamente pequenas, não tendo em conta a curvatura da
Terra. O levantamento de uma cidade pode ser muito bem calculada como se a
Terra fosse um plano do tamanho da cidade. Para áreas tão pequenas, o posicionamento exato de um ponto pode ser determinado relativamente a outro sem necessidade de se considerar o tamanho ou a forma total da
Terra.
Em meados do
século XX, pesquisas nas geociências contribuíram para melhoramentos drásticos na precisão da
figura da Terra. A utilidade primária (e a motivação para o seu financiamento e desenvolvimento, principalmente dos militares) desta precisão melhorada era fornecer dados geográficos e gravitacionais para os
sistemas de navegação inercial dos
mísseis balísticos. Este financiamento também permitiu a expansão de disciplinas geocientíficas, permitindo a criação e crescimento dos variados departamentos de geociências em muitas universidades.