Seda de aranha é uma fibra
proteica formada por
biopolímeros secretados por
glândulas especializadas ligadas às
fieiras das
aranhas. Embora muitas
espécies de aranhas não construam
teias, todas as espécies conhecidas produzem um ou mais tipos de seda, tendo sido demonstrado que algumas espécies produzem pelo menos sete tipos daquele material. A seda das aranhas inclui uma larga diversidade de fibras, predominantemente compostas por
espidroína, um grupo complexo de proteínas repetitivas codificadas por uma família multigénica, com características excepcionais de
resistência mecânica,
leveza,
extensibilidade e
elasticidade, sendo um dos materiais mais
resilientes que se conhece. Com demonstrada biocompatibilidade, a seda das aranhas é utilizada em
medicina tradicional como adjuvante da
cicatrização de feridas cutâneas. Apesar de terem sido descritos métodos de recolha mecânica da seda, a inabilidade de domesticar aranhas para produzir quantidades suficientes de proteínas, conduziu ao desenvolvimento de estratégias alternativas de produção, utilizando a tecnologia do
DNA recombinante por manipulação genética de
genes isolados nas
glândulas sericígenas, visando produzir biomateriais com grande potencial para uso em medicina e engenharia.