Escultura da Grécia Antiga é uma expressão que usualmente se refere às obras
escultóricas criadas na
Grécia entre o
período Dedálico , quando a arte grega começou a formar um estilo próprio original, e a época do seu último florescimento importante, na chamada era
Helenística, que durou até cerca de , quando o país já estava sob domínio
romano.
A escultura é uma das mais importantes expressões da
cultura grega. Além de possuir grandes méritos artísticos intrínsecos, tanto no terreno do conceito como da técnica e da forma, foi instrumento utilíssimo, sendo veículo e ilustração de uma série de valores daquela sociedade, estando ligada a inúmeras esferas da vida e do saber, como a religião, a política, a ciência, a decoração de espaços e edifícios públicos, o esporte, a educação, e outras. Mais do que isso, inseminou uma grande variedade de outras culturas da
bacia do Mediterrâneo, penetrou até a
Índia durante a época de
Alexandre, o Grande, exerceu decisiva influência sobre a
escultura romana, como antes havia feito com a
escultura etrusca, definiu muitos dos principais parâmetros da arte da
Renascença e do
Neoclassicismo, e é uma referência das mais relevantes mesmo nos dias de hoje para toda a cultura do
Ocidente.
Centrada na representação do homem e de deuses antropomóficos, embora se manifeste também em uma grande diversidade de outros sujeitos, alguns dos cânones formais para o corpo humano que introduziu foram uma criação inédita na história da arte mundial, estabelecendo uma bem sucedida aliança entre a imitação realista e quase científica das formas naturais e sua idealização, e ainda hoje são largamente prestigiados como modelos de beleza. Também foi importante na inauguração de um novo ramo filosófico, a
estética. Algumas de suas obras mais destacadas se tornaram ícones populares, como a
Vênus de Milo, o
Apolo Belvedere e a
Vitória de Samotrácia, e os nomes dos seus artistas mais importantes, entre eles
Fídias,
Policleto e
Praxíteles, são aureolados de grande fama.