A
arte e cultura clássicas, muitas vezes denominadas como
Antiguidade Clássica, constituem o estilo artístico e cultura predominantes na
Grécia Antiga entre os séculos VI e IV a.C. e a sua herança continuada pelos diversos períodos político-culturais da
Roma Antiga. Na Antiga Grécia, o estilo clássico veio substituir o arcaico, que era baseado na tradição religiosa pré-democrática e que tinha por característica imagens geometrizadas e pouco naturalistas.
Com o advento de uma sociedade mais laica e ligada ao pensamento filosófico, os artistas tiveram que buscar uma solução que ligasse o divino (pois a arte ainda era encomendada para representar deuses e motivos religiosos) ao humano (novo campo de interesse ligado à política democrática da pólis e de pensadores como os sofistas e os filósofos, preocupados em compreender a relação entre o homem e o universo). Nesse contexto, construíram uma estética naturalista mas idealizada, baseada em
cânones que eram a média das características físicas das pessoas mais belas.
Na
Antiguidade greco-romana não se vislumbrava qualquer diferenciação entre arte e técnica, o mesmo é dizer, entre
artista e
artesão. A
teknê grega, bem como a
ars latina referiam-se não só a uma
habilidade, a um
saber fazer, a uma espécie de
conhecimento técnico, mas também ao
trabalho, à
profissão, ao
desempenho de uma tarefa. O técnico era aquele que executava um trabalho, fazendo-o com uma espécie de
perfeição ou estilo, em virtude de possuir o conhecimento e a compreensão dos princípios envolvidos no desempenho. Sempre associada ao
trabalho dos artesãos, a
arte era susceptível de ser
aprendida e aperfeiçoada, até se tornar uma competência especial na produção de um objecto.