O período denominado
Ditadura Argentina começou com o
golpe de estado que derrubou o presidente constitucional da
Argentina,
Arturo Illia, em
28 de junho de
1966. Desse modo, começou um novo período de governos militares que resultaria na volta do
peronismo ao poder em
1973. A ditadura argentina se autodenominou
Revolução Argentina.
Durante esses anos, o país foi regido pelo
Estatuto da Revolução Argentina, alçado ao mesmo nível jurídico da Constituição Nacional. As expectativas de um prolongado governo dos militares golpistas estavam refletidas em uma de suas mais repetidas palavras de ordem,
"a Revolução Argentina tem objetivos, mas não prazos". Os
partidos políticos foram proibidos, assim como todo tipo de participação política por parte dos cidadãos; vigorou de forma quase permanente o
estado de sítio e viram-se cortados direitos civis, sociais e políticos.
Três gestões dividiram esse período. A primeira ficou conhecida como o
Onganiato, presidida pelo general
Juan Carlos Onganía, cabeça do golpe e representante da velha facção azul do Exército Argentino. Onganía governou de junho de
1966 a junho de
1970, quando teve que entregar o poder debilitado por protestos, como o Cordobazo.