Com uma aparência de
urso, que lhe rendeu a descrição científica de
Didelphis ursina, é um animal robusto e musculoso. Sua pelagem é escura com manchas brancas na região da garganta, das bochechas e lombar. Os
dentes molares são adaptados à sua dieta de
carniça. É um caçador pouco eficiente, preferindo animais de pequeno porte. Pode ser encontrado em vários tipos de
habitat, incluindo áreas urbanas, mas prefere bosques costeiros e florestas esclerófitas. Noturno e solitário, habita uma
área de vida definida, mas não tem tendências
territoriais. Ocasionalmente, vários animais se reúnem para se alimentar de uma carcaça, gerando interações agressivas.
Promíscuos, acasalam-se uma vez ao ano, gerando ninhadas de dois a quatro filhotes, que são desmamados aos oito meses de idade. É o maior marsupial
carnívoro existente, após a extinção do
tilacino, e possui
convergência ecomorfológica com as
hienas.
Inicialmente, o animal foi visto pelos
colonizadores europeus como uma ameaça aos rebanhos domésticos, sendo então caçado e envenenado, com significativa redução populacional. Em 1941, a espécie foi oficialmente protegida e os números começaram a aumentar. No final da década de 1990, uma
doença neoplásica reduziu drasticamente a população e agora ameaça a sobrevivência da espécie, que em maio de 2009 foi declarada
em perigo de extinção. Programas de manejo estão sendo conduzidos pelo
governo da Tasmânia para reduzir o impacto da doença, incluindo uma iniciativa para formar um grupo de diabos saudáveis em cativeiro, isolados da doença. O animal é o símbolo da Tasmânia e de muitas organizações, grupos e produtos associados ao estado. Ficou popularmente conhecido através do personagem
Taz dos desenhos animados
Looney Tunes. Devido a restrições de exportação e do fracasso reprodutivo dos demônios no exterior, quase não há indivíduos fora da Austrália.