Um
ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma região em que o
ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e
precipitação. Por isso, tempo chuvoso e nublado,
chuva e
vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens
cumuliformes associadas a cargas de
água.
Os ciclones são indicados nos mapas meteorológicos pela letra «B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar. À medida que, pela acção do diferencial de pressões, o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas pressões é deflectido pela
força de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em espiral, isto é, no
sentido anti-horário (direcção contraria aos ponteiros de um relógio) no
Hemisfério Norte e no sentido
horário (direcção dos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Sul. Na
meteorologia, os movimentos de ar resultantes de um centro de altas pressões são denominados
anticiclones. O sentido de giro de um ciclone e de um anticiclone é o contrário para um mesmo hemisfério, sendo este determinado pela aceleração de Coriolis.
Como exemplo de ciclones podemos citar os sistemas frontais, os
tornados e os
furacões. Como, na Índia e na Austrália, os furacões são chamados ciclones (e, na
Ásia,
tufões), a mídia confunde constantemente o termo ciclone com furacão. A
meteorologia diferencia o ciclone extratropical do
furacão. Um furacão tem núcleo quente e se forma sobre águas quentes, em geral acima de 26 graus
celsius. Um ciclone extratropical em geral é um fenômeno de latitudes médias e altas que se propaga até latitudes tropicais, associado comumente a
frentes frias e ondas
baroclínicas em altos níveis da
troposfera;