Coronelismo é um
brasileirismo usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano
municipal, exercido com hipertrofia privada (a figura do coronel) sobre o poder público (o Estado), e tendo como caracteres secundários o
mandonismo, o
filhotismo (ou
apadrinhamento), a fraude eleitoral e a desorganização dos serviços públicos - e abrange todo o sistema político do país, durante a
República Velha. Era representado por lideranças que iam desde o "áspero guerreiro"
Horácio de Matos a um letrado Veremundo Soares, possuindo como "linha-mestra" o controle da população. Como forma de poder político consiste na figura de uma liderança local - o
Coronel - que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.
O voto branco e nulo são resquícios desse coronelismo, já que esses votos só facilitavam a entrada dos candidatos no poder. Funcionava da seguinte forma: em uma cidade com 100 mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito eram necessários 10 mil votos. Se 20 mil pessoas votassem branco ou nulo, só eram necessários 8 mil votos para se eleger. Desse modo, menos votos teriam de ser comprados e menos pessoas ameaçadas (
Voto de cabresto).