Cientificismo ou
cientismo é a postura que afirma que a melhor maneira de investigar como as coisas são, sejam
naturais,
sociais, artificiais ou
conceituais, é pela adoção do
método científico. O termo também implica na atitude de valorização altamente positiva no papel da
ciência no desenvolvimento da
cultura em particular, e da sociedade em geral. No entanto esta tendência muitas vezes é entendida de modo pejorativo, como uma forma extrema de valorização da ciência ou relacionada significativamente com o
positivismo lógico, por ter sido usado por cientistas sociais como
Friedrich Hayek,
filósofos da ciência como
Karl Popper, e filósofos como
Hilary Putnam e
Tzvetan Todorov para descrever um apoio dogmático ao método científico e da redução de todo o conhecimento a tudo o que é mensurável. Esta tendência intelectual de matriz positivista preconiza a adoção do método científico, tal como é aplicado às
ciências naturais, em todas as áreas do saber e da cultura (
filosofia,
ciências humanas, artes, etc.), e tem sido criticada e geralmente interpretada de maneira depreciativa.
Por outro lado, os defensores do cientificismo, entre eles o filósofo da ciência
Mario Bunge, o historiador da ciência
Michael Shermer e o filósofo
Daniel Dennett, afirmam que a postura não é uma doutrina que quer aplicar a ciência em todos os níveis, mas a visão de que a ciência é a melhor metodologia que existe para conhecer o mundo e possibilitar o
desenvolvimento tecnológico.