História
A
bitola ferroviária adoptada na Espanha era originalmente de seis pés castelhanos (1672 mm); em
Portugal foi inicialmente 1435 mm (mais tarde adoptada internacionalmente como
bitola padrão), posteriormente convertida para cinco pés portugueses (1664 mm) — esta conversão foi concretizada no terreno pela deslocação dos carris para o antigo parafuso/
tirefond exterior). Posteriormente, em 1955, procedeu-se à uniformização dos
standards dos dois países numa bitola comum de 1668 mm — a
bitola ibérica.
Pensava-se que uma bitola mais larga permitiria locomotivas maiores, logo mais potentes, e a bitola mais estreita curvas mais fechadas, ideais para montanhas. Durante muitos anos esta diferença entre a bitola ibérica e
a do resto da Europa foi uma barreira nas comunicações
ferroviárias entre a
Península Ibérica e os demais
países europeus.
Após a
Guerra Civil Espanhola, a gestão das linhas férreas de Espanha passou a ser feita pelo Estado, que para esta finalidade criou a
RENFE (
Red Nacional de Ferrocarriles Españoles). Por este motivo, a bitola ibérica também é conhecida como “bitola RENFE”.