Inicialmente marcado para o dia
19 de outubro, foi adiado por ocasião da morte do rei
Luís I de Portugal (1861-1889), sobrinho de
Pedro II do Brasil. O evento, que reuniu toda a sociedade do Império, formalmente homenageava a oficialidade dos navios chilenos ancorados na baía havia duas semanas. Mas, na verdade, comemorava as bodas de prata da princesa Isabel e do conde d´Eu. Além disso, a intenção do
visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros, era de tornar inesquecível este baile, para reforçar a posição do Império, contra as conspirações republicanas. O dinheiro gasto por ele no baile, 250 contos de réis, foi retirado do ministério da Viação e Obras Públicas, este valor correspondia a quase 10% do orçamento previsto da Província do Rio de Janeiro para o ano seguinte. Existiram críticas á corte pelo ato, visto que esta quase não promovia bailes.
O Baile teve um requinte incomum para a coroa brasileira, que era enxuta. O Palacete foi intensamente decorado, em seus jardins foram montadas duas mesas, em formato de
ferradura, onde foi servido um jantar para quinhentos convidados, sendo 250 em cada uma. Iguarias incomuns como o
sorvete e o
faisão foram servidas.