Afinidade eletrônica (ou
eletroafinidade),
propriedade periódica, é a
energia que um, e somente um
átomo, em
estado fundamental, no
estado gasoso, libera ao "ganhar" um
elétron. Essa energia liberada é representada por um , a variação de
entalpia do processo. Em se tratando de processos favoráveis - onde há tendência do átomo em ganhar elétron - o processo será mais exoenergético (
Reação exotérmica), ou seja, haverá maior liberação de energia (o que implica um menor que zero). Segundo Mahan, Bruce M.; et. al.:
Em outras palavras, a
afinidade eletrônica, A, é a quantidade mínima de energia necessária para remover um elétron de um
ânion, para gerar um átomo neutro.".
Os processos favoráveis são aqueles em que o ganho de elétrons levará o átomo ao preenchimento da última
camada eletrônica, ou ainda, levará o átomo a completar o octeto. A
teoria do octeto proposta por
Linus Pauling e amplamente conhecida em
química diz que os átomos (representativos) mais estáveis são aqueles com oito elétrons na última camada, ou melhor, com a última camada completa, a exemplo os gases nobres.
Observando tais propriedades, desmente-se a ideia falsa de que os
gases nobres (família 18) tem afinidade eletronica igual a zero. Tal conclusão equivocada pode vir da palavra "afinidade", sugerindo que átomos estáveis "não têm afinidade eletrônica". Na verdade, a afinidade eletrônica desses gases é menor em módulo, ou melhor, o processo é menos exotérmico para qualquer átomo gasoso com octeto completo. Observe que "afinidade eletrônica zero" representa um absurdo, uma vez que a admissão de um elétron por qualquer átomo necessariamente causa variação em sua energia.