A chegada dos
viquingues na penísnsula ibérica data de
840, quando um número indeterminado de embarcações bordearam a costa
galega e
asturiana, até chegar à actual
Torre de Hércules -
torre e
farol situado na
península da cidade da
Corunha, em
Espanha. O seu grande tamanho deve ter-lhes parecido importante, e saquearam a pequena aldeia situada a seus pés.
Ordonho I teve notícias da expedição e convocou o seu exército para fazer frente à incursão, derrotando os viquingues e recuperando boa parte da pilhagem. Mandou afundar entre sessenta e setenta dos seus barcos, o que não deve ter sido uma grande vitória como demonstra o facto de que seguiram a sua campanha de saques. Em
Lisboa, os cronistas falam de uma esquadra composta por 53 baixéis.
No ano
844, outra expedição normanda arrasou a cidade de
Gijón e seguiu a costa atlântica até chegar a Lisboa e atacá-la. Em seguida, tomaram
Cádis e subiram de novo pelo
Guadalquivir, saqueando minuciosamente
Sevilha durante sete dias, a partir da qual lançaram ataques por terra. No entanto, quando
Abderramão II saiu com os seus homens, e após algumas batalhas, os viquingues viram que não podiam vencer a força andaluza e fugiram, abandonando Sevilha e deixando muitos para trás, que se renderam às forças do Emir. Destes, os mais afortunados acabaram criando
cavalos ou fazendo
queijo; os menos, com o velho castigo para a
pirataria: enforcados.
Durante o reinado de
Afonso III das Astúrias, os viquingues chegaram a cortar as comunicações navais com o resto de
Europa. O historiador e hispanista Richard Fletcher menciona pelo menos duas incursões assinaláveis na Galiza em 844 e
858.