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Vamos à Luta
O Vamos à Luta é um coletivo de jovens de esquerda radical, que atua no movimento estudantil de escolas e de universidades do Brasil. O coletivo é composto por membros da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), uma tendência interna e radical do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e também por jovens independentes com concepções políticas próximas dessa organização. O coletivo foi formado em 2007 a partir da ocupação da Reitoria da UnB (Universidade de Brasília) e de uma série de outras ocupações de reitorias pelo país. Com um perfil fortemente internacionalista, o Vamos à Luta desde sua fundação se mostra solidário e empolgado com as lutas da juventude e dos trabalhadores em todo o mundo. Os militantes costumam usar uma camiseta padronizada na cor roxa com as letras do logotipo em amarelo.

O Vamos à Luta compõe a Oposição de Esquerda da UNE (União Nacional dos Estudantes), fazendo ferrenhas críticas à Direção Majoritária (UJS/PCdoB e CNB-DS/PT - governistas) e também ao Campo Popular (oposição moderada vista como um "governimo crítico"). Estando no pólo mais à esquerda dentro da Oposição de Esquerda, o Vamos à Luta costuma criticar também as ações e concepções dos outros coletivos da oposição (esses referenciados no PCR e em outras correntes do PSOL), vistas por esse grupo como vacilantes, acuadas e por vezes conciliadoras com os outros campos políticos ou que capitulam ao governo. Coerente com as políticas da CST, o Vamos à Luta também direciona essas críticas à ANEL (uma outra entidade estudantil que propõe-se como alternativa à UNE), principalmente à direção majoritária dessa entidade (a juventude do PSTU).

Nas disputas do movimento estudantil, pelo fato do Vamos à Luta combater intransigentemente os coletivos, as candidaturas e os projetos governistas, acaba tornando-se um dos principais rivais das juventudes do PT e do PCdoB. Nas eleições de Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFF e da Unirio de dezembro de 2014, o Vamos à Luta alega ter sofrido uma campanha de calúnias por parte dos grupos pró-governo, com o eixo "CST é de direita", além de agressões físicas. Outro episódio recente foi durante a 9ª Bienal de Cultura da UNE (fevereiro de 2015), onde o Vamos à Luta participou denunciando em coro o ajuste fiscal do governo Dilma e suas alianças tidas como conservadoras, além de ter chamado de mentiroso o ministro-chefe Miguel Rossetto (PT), convidado pela direção da UNE para discursar e defender o governo. Novamente as juventudes governistas gritaram "CST é de direita" em resposta e, no final do debate, Rosseto teve que sair escoltado por seguranças. O episódio foi publicado pelo Estadão e o vídeo na internet recebeu mais de 680 mil visualizações.


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