União Democrática Nacional (
UDN) foi um
partido político brasileiro fundado em
7 de abril de
1945, frontalmente opositor às políticas e à figura de
Getúlio Vargas e de orientação
conservadora. Seu lema era uma frase apócrifo de
Thomas Jefferson "O preço da liberdade é a eterna vigilância" e seu símbolo era uma tocha acesa. O "udenismo" caracterizou-se pela defesa do
liberalismo clássico e da moralidade, e pela forte oposição ao
populismo. Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro e a valorização da educação pública. O partido detinha forte apoio das classes médias urbanas e de alguns setores da elite. Concorreu às eleições presidenciais de
1945,
1950, e de
1955 postulando o brigadeiro
Eduardo Gomes nas duas primeiras e o general
Juarez Távora na última, perdendo nas três ocasiões. Em
1960 apoiou
Jânio Quadros (que não era filiado à UDN), obtendo assim uma vitória histórica.
Após a
Golpe militar de 1964, muitos quadros da UDN migraram para a
Aliança Renovadora Nacional. No entanto, sua principal liderança, o jornalista
Carlos Lacerda, apesar de ter sido um dos líderes civis do
golpe, voltou-se contra ele em 1966, com a prorrogação do mandato do presidente
Castelo Branco. Segundo Lacerda, a prorrogação do mandato de Castelo Branco levaria à consolidação do governo revolucionário numa ditadura militar permanente no Brasil, o que realmente aconteceu. Em novembro de
1966, lançou a
Frente Ampla, movimento de resistência ao golpe militar de 1964, que seria liderada por ele com seus antigos adversários
João Goulart e
Juscelino Kubitschek. Atualmente, a herança política da UDN é representada, no plano ideológico, pelo
DEM, em cujos quadros fundadores encontraram-se tanto netos de antigos udenistas como figuras como o já falecido
Antônio Carlos Magalhães, que já integrou a antiga UDN.