O atual
estado brasileiro do
Acre era, no início do , uma região pertencente à
Bolívia, que vinha sendo ocupada por
seringueiros,
brasileiros em plena época de expansão da economia de
extração da borracha. Para resolver a tensão que se agravava, o
Barão do Rio Branco dirigiu as negociações que resultaram no
Tratado de Petrópolis, firmado em
17 de novembro de
1903 na
cidade brasileira Petrópolis, que formalizou a incorporação do Acre ao território brasileiro. Com esse acordo, o Brasil pagou à Bolívia a quantia de 2 milhões de
libras esterlinas e indenizou o
Bolivian Syndicate em 110 mil libras esterlinas pela rescisão do contrato de arrendamento, firmado em 1901 com o governo boliviano. Em contrapartida, cedia algumas terras no
Amazonas e comprometia-se a construir a
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para escoar a produção boliviana pelo
rio Amazonas.
O estado do Acre era propriedade da Bolívia desde de 1750. Havia naquela região uma busca intensa por látex e isto fez com que os seringueiros do Brasil subissem o
rio Purus e iniciassem então o povoamento da região. No ano de 1898, após a independência da América Latina, o Brasil reconheceu que aquele território pertencia á Bolívia, porém os bolivianos não povoaram este território já que eram de difícil acesso.
Foi naquele mesmo ano que a Bolívia enviou uma missão de ocupação ao Acre, causando uma revolta armada dos colonos brasileiros que ali estavam e que já eram um grande número. A revolta estourou um ano depois, em maio e contou com o apoio do Estado do Amazonas.