A retirada da
Rússia da guerra foi um dos principais objetivos da
Revolução Russa de 1917, e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos).
Leon Trotsky, no exercício das relações exteriores do governo bolchevique, pressionou França e Reino Unido para que iniciassem em conjunto o processo de paz, encerrando a Primeira Guerra Mundial. Porém, sem obter resposta, ameaçou iniciar esse processo de forma solitária, o que de fato ocorreu.
Os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes, mesmo Lênin, defendendo a paz, a chamou de "paz vergonhosa". Através deste, a Rússia abria mão do controle sobre a
Finlândia,
Países Bálticos (
Estônia,
Letônia e
Lituânia),
Polônia,
Bielorrússia e
Ucrânia, bem como dos distritos
turcos de Ardaham e Kars, e do distrito
georgiano de Batumi, antes sob seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, 50% de sua indústria e 90% de suas minas de carvão.
[1] A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, a derrota da
Alemanha na guerra, marcada pelo
armistício com os
países aliados em
11 de novembro, em
Compiègne, permitiu que Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia se tornassem Estados verdadeiramente independentes, e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na
Guerra Civil Russa, e terminaram por serem novamente anexadas ao território russo, agora sob o nome de
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).