Teologia da Libertação é uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, depois do
Concílio Vaticano II e da
Conferência de Medellín (Colômbia, 1968), que parte de considerar que o
Evangelho exige a
opção preferencial pelos pobres e de especificar que a teologia, para concretar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.
É considerada como um movimento supradenominacional, apartidário e inclusivista de
teologia política, que engloba várias correntes de pensamento que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais, mas, seus oponentes a descrevem como
marxismo,
relativismo e
materialismo cristianizado.
A teologia da libertação está diretamente relacionada ao movimento ecumênico, que busca o retorno à união e comunhão de todas as religiões cristãs. Embora a mesma tenha se iniciado como um movimento dentro da Igreja Católica, na América Latina nos anos
1950-
1960, o termo foi cunhado pelo padre peruano
Gustavo Gutiérrez em 1971, sendo que mais de 40 anos depois se reconciliou com o Vaticano. Escreveu um dos livros mais famosos do movimento,
A Teologia da Libertação. Outros expoentes são
Leonardo Boff do
Brasil,
Jon Sobrino de
El Salvador, Leonidas Proaño do
Equador e
Juan Luis Segundo do
Uruguai. A teologia da libertação desde os
anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das recentes gerações nesse movimento.