O
sufismo (; ) é conhecida como a corrente
mística e contemplativa do
Islão. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis, procuram desenvolver uma relação íntima, direta e contínua com Deus, utilizando-se das práticas espirituais transmitidas pelo profeta
Maomé, com destaque para o
zikr (a lembrança de Deus), orações e jejuns. Também incorpora práticas, como cânticos, música e movimentos, cuja legalidade é objeto de divergência de opinião entre teólogos e jurisprudentes islâmicos, de diversos países islâmicos, na interpretação da
sharia, a lei divina.
O
Tasawwuf, palavra árabe que designa o misticismo e esoterismo islâmicos, é conhecido no
Ocidente como sufismo. Há duas correntes principais de entendimento islâmico: o
sunismo e o
xiismo, sendo que o sufismo é observado com mais vigor na corrente
sunita. As ordens sufis (
turuq) podem estar associadas ao Islão
sunita ou
xiita, pois não se trata de uma divisão dentro do Islão, mas sim a uma visão interior (esotérica) da vida e do ser. O pensamento sufi se fortaleceu no
Médio Oriente no e hoje encontra-se por todo o mundo. Na
Indonésia, assim como muitos outros países da Ásia, Oriente Médio e África, o
islamismo foi introduzido através das ordens sufis. Segundo a
Filosofia Perene de
René Guénon e
Frithjof Schuon, toda grande religião possui duas dimensões, a exotérica e a esotérica. A primeira diz respeito à "ação" e a segunda à "contemplação"; a primeira às leis e ordenamentos exteriores; a segunda, à interioridade e à mística.
Em resumo, o sufismo é um ramo do conhecimento no Islão, que trata dos aspectos internos da prática e da ética religiosa. Por aspectos internos, entenda-se o que se refere não somente às intenções, sentimentos e consciência, mas também aos aspectos mais intensos e profundos da espiritualidade, e em última instância ao coração.