Holocausto (, : ὅλος, "todo" e καυστον, "queimado"), também conhecido como
Shoá (, , "a catástrofe"; , ou , do hebraico para "destruição"), foi o
genocídio ou assassinato em massa de cerca de seis milhões de
judeus durante a
Segunda Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de
extermínio étnico patrocinado pelo
Estado nazista, liderado por
Adolf Hitler e pelo
Partido Nazista e que ocorreu em todo o
Terceiro Reich e nos
territórios ocupados pelos alemães durante a guerra. Dos nove milhões de judeus que residiam na
Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos; mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante o período.
Apesar de ainda haver discussão sobre o uso e abrangência do termo "Holocausto" (ver abaixo), o genocídio nazista contra os judeus foi parte de um conjunto mais amplo de atos de opressão e de assassinatos em massa agregados cometidos pelos governo nazista contra vários grupos étnicos, políticos e sociais na Europa. Entre as principais vítimas não-judias do genocídio estão
ciganos,
poloneses,
comunistas,
homossexuais,
prisioneiros de guerra soviéticos,
Testemunhas de Jeová e
deficientes físicos e mentais. Segundo estimativas recentes baseadas em números obtidos desde a
queda da União Soviética em 1989, um total de cerca de 11 milhões de civis (principalmente
eslavos) e prisioneiros de guerra foram intencionalmente mortos pelo regime nazista.
Uma rede de mais de 40 mil instalações na Alemanha e nos territórios ocupados pelos nazistas foi utilizada para concentrar, manter, explorar e matar judeus e outras vítimas. A perseguição e o genocídio foram realizados em etapas. Várias leis para excluir os judeus da sociedade civil — com maior destaque para as
Leis de Nuremberg de 1935 — foram decretadas na Alemanha antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial na Europa.
Campos de concentração foram criados e os presos enviados para lá eram submetidos a
trabalho escravo até morrerem de exaustão ou por alguma doença. Quando a Alemanha ocupou novos territórios na
Europa Oriental, unidades paramilitares especializadas chamadas
Einsatzgruppen assassinaram mais de um milhão de judeus e adversários políticos durante
fuzilamentos em massa. Os alemães confinaram judeus e ciganos em
guetos superlotados, até serem transportados, através de trens de carga, para
campos de extermínio, onde, se sobrevivessem à viagem, a maioria era sistematicamente morta em
câmaras de gás. Cada ramo da
burocracia alemã estava envolvido na logística que levou ao extermínio, o que faz com que alguns classifiquem o
Terceiro Reich como um "um Estado genocida".