Seduction of the Innocent (em português, "Sedução dos Inocentes") é um livro do psiquiatra alemão Fredric Wertham, publicado em 1954, que alertou os leitores sobre a tese das
revistas em quadrinhos serem um forma ruim de literatura popular e um sério fator da
delinquência juvenil. O livro causou um rebuliço entre os pais americanos e influenciou uma campanha para a
censura desse tipo de publicações. Ao mesmo tempo, o
Congresso americano lançou uma investigação tendo como foco a indústria de quadrinhos. Logo após a publicação de
Seduction of the Innocent, o
Comics Code Authority ou Código dos quadrinhos foi elaborado pelos próprios editores, que passaram a regular o conteúdo do setor e se autocensurarem.
Seduction of the Innocent traz inúmeras citações de revistas publicadas, que aludiriam a violência, sexo, uso de drogas e outros assuntos adultos, reunidos todos sob o jargão usado pelo autor de "quadrinhos de crime" — que servia para que Wertham incluísse além das populares histórias de gângster/assassinatos, também
super-heróis e
horror.
Os quadrinhos, especialmente os de crime/horror publicados pioneiramente pela
EC, tiveram os desenhos largamente reproduzidos por Wertham, que disse que os mesmos "feriam os olhos". Várias outras conjecturas foram feitas sobre as imagens e enredos, particularmente os que supostamente traziam menções sobre sexo (é sempre lembrada a alusão de que
Batman e
Robin mantivessem uma relação homossexual). Wertham também afirmou que a
Mulher Maravilha tinha um subtexto de
"servidão sexual" que foi bem documentado, com o próprio criador
William Moulton Marston admitindo essa possibilidade; contudo, Wertham também disse que a força e a independência da Mulher Maravilha a caracterizavam como
lésbica. Tradicionalmente, a heroína sempre foi mostrada como heterossexual e virgem. Outro herói a ser comentado foi o
Superman, que foi definido como fascista e antiamericano.