No Sítio existem ainda os três
santuários onde se venerou, e venera, a imagem desde que ali chegou no ano de 711, levada por frei Romano, monge do convento de Cauliniana. Após a derrota do exército cristão na
batalha de Guadalete, o monge fugiu dos invasores muçulmanos, na companhia de D.
Rodrigo, o último rei
visigodo, fugitivo após a derrota do seu exército. A escolha do destino, no litoral Atlântico, advém porventura da existência nas proximidades de um mosteiro visigótico, do qual subsiste a
igreja de São Gião, classificada como
Monumento Nacional em 1986.
O primeiro santuário neste
Sítio é uma pequena gruta feita pelo homem, junto à arriba, a cento e dez metros acima da praia oceânica. A imagem foi ali colocada, por frei Romano, sobre um altar. Este santuário (erigido provavelmente na época pré-histórica) serviu-lhe de
eremitério no qual viveu até à sua morte. Conforme a sua vontade foi sepultado no solo da gruta pelo rei Rodrigo, que vivia ali perto, no
monte de São Bartolomeu. O ex-rei após a morte do monge partiu para os arredores de Viseu onde terminou os seus dias como
ermitão. A imagem de Nossa Senhora da Nazaré conservou-se neste santuário de
711 a
1182.