Síndrome de Asperger (
SA), também conhecida por
Transtorno de Asperger ou simplesmente
Asperger é uma condição psicológica do
espectro autista caracterizada por dificuldades significativas na
interação social e
comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Difere de outros transtornos do espectro autista pelo desenvolvimento típico da linguagem e cognição. Embora não seja fundamental para o diagnóstico, ser fisicamente desajeitado e ter uma linguagem atípica ou excêntrica são características frequentemente citadas pelas pessoas com a síndrome. O diagnóstico de Asperger foi eliminado na quinta edição (2013) do
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) e substituído pelo diagnóstico de transtorno do espectro autista em grau severo.
A síndrome foi nomeada em homenagem a
Hans Asperger, pediatra austríaco que em 1944 estudou e descreveu crianças nas quais, em seus cotidianos apresentavam falta de habilidades na linguagem não verbal, demonstravam limitada
empatia por seus pares e eram fisicamente desajeitadas. A moderna concepção da síndrome de Asperger surgiu em 1981 e passou por um período de popularização, tornando-se um padrão
diagnóstico no começo dos anos 1990. Muitas questões e controvérsias permanecem acerca de seus aspectos. Questiona-se sua distinção com o
autismo de alta funcionalidade; em parte por causa disso, sua
prevalência não é firmemente estabelecida.
A
causa exata da síndrome é desconhecida. Embora pesquisas sugiram uma possibilidade de bases
genéticas, não há causa genética conhecida e técnicas de
mapeamento cerebral não identificaram resultados claros e concisos. Há vários tipos de tratamento e sua efetividade é limitada. Os recursos médicos procuram atenuar os sintomas e melhorar as habilidades. A principal delas é a
terapia comportamental em déficits específicos, tais como dificuldades de comunicação, rotinas obsessivas e/ou repetitivas e movimentos desajeitados. Muitas crianças melhoram conforme caminham para a idade adulta, mas dificuldades sociais e de comunicação podem persistir. Alguns pesquisadores e indivíduos defendem uma mudança de postura em relação à síndrome no sentido de tratá-la como uma diferença, ao invés de uma deficiência que deve ser tratada ou curada.